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domingo, 13 de dezembro de 2015

Guia definitivo de quem vai estudar em Malta (parte 2 de 2)

Antes que eu me esqueça, Malta não é só praia, como no post passado! Principalmente em dias frios.

A história de Malta vai pra lá de 3.000 anos a.C.! Junto com a história a arquitetura antiga preservada na cidade é extensa! Muitos prédios antigos são abertos ao público em forma de museus, bibliotecas...

Em Valletta tem muito para conhecer em tão poucos quilômetros quadrados.


Sempre muito movimentada, a cidade é a capital de Malta. Nasceu ao final de uma guerra entre os Cavaleiros da Ordem de St. John e os Turcos Otomanos. Após a retirada dos Otomanos, os Cavaleiros começaram a se fixar na cidade. Assim, construíram o Forte de St. Elmo, que hoje é aberto ao público como Museu de Guerra. Malta está localizada entre a Itália, Grécia e África e foi parte de muitas guerras (todo mundo queria um pedacinho de Malta, aí o Napoleão desistiu e a Inglaterra acabou ficando, então o museu tem muito pra contar).

A cruz da Ordem dos Cavaleiros de St. John que é a marca da da cidade




E tudo isso foi construído lá quando o Brasil estava sendo colonizado! Só que a minha expectativa não condisse com a realidade. Ao visitar o Forte, imaginava um pouco mais de ruínas e partes originais da construção. Chegando lá, tudo muito moderno, pisos foram trocados, portas retiradas... o que achei triste. Conversei com a minha professora sobre isso e ela (que não é maltesa, na verdade ela se mudou pra lá há alguns anos) disse que o governo maltês estava numa fase que não se importava muito em manter o interior das construções antigas e estavam modernizando tudo mesmo. Já quando conheci um maltês de verdade, ele me disse que Valletta era horrível há uns anos atrás. Não existia muito investimento na cidade e estava tudo destruído, por isso as restaurações foram mais do que necessárias e o que eu vi, que era moderno, era porque não tinha como salvar mesmo! Se o lugar não tinha mais uma porta, era porque a porta tinha sido destruída há muito tempo. Que pena né?
Outra curiosidade sobre Valletta: como os cavaleiros foram se instalando por lá, consequentemente seus subordinados também. Então enquanto eles moravam em casas, castelos maravilhosos, outras casinhas da cidade eram alugadas para seus subordinados e família a um valor simbólico, que hoje é em torno de 50 centavos de euro POR ANO. Só que olha só que bacana, Malta tem uma lei que enquanto morar um herdeiro do locatário, o aluguel não pode subir! Então até hoje existem MUUUUITAS casas em Malta que são alugadas a singelos valores porque antes da pessoa morrer, vai um filho, um neto, o papagaio morar com ela para não perder a casa!! Só que isso também acaba em casas sem investimentos por fora, estéticos, somente por dentro (porque casas de 500 anos atrás precisam de um pouco de modernidade, né?).

Essa sacadinha de madeira é tradicional de Malta.

Em Valletta tem um pass para museus que custa em torno de 25 euros e dá direito a entrada em todos da cidade por 30 dias. Senão, cada museu sai por 10 euros.

Aí tem Mdina. Era a capital de Malta antes de 1570. A cidade é inteira amuralhada e um pouco mais distante de tudo. Mas é linda! Para começar, não tem carros e tem casas lindas! Encanta os olhos! Boatos que Angelina Jolie e Brad Pitt tem casa lá... hahaha Vai saber!

O portal de Mdina é bem conhecido, por ter sido usado em Game Of Thrones.

E lá tem um bolo de chocolate tradicional e com gostinho de felicidade, no Fontanela.

Prometo que vale cada caloria.
E olha a vista enquanto come o bolo!

Lá as ruas são estreitinhas... E eu fiquei tanto olhar para dentro das casas mas não consegui.
 E são as casas mais simpáticas de Malta!

E essa imagem peguei no google mesmo. Tem melhores mas essa é a mais realista da visão que temos quando estamos chegando em Mdina.


E no caminho, se estiver com tempo, para no Crafts Village. Lá tem lojas de vidro, prata com os melhores preços pois são fabricados diretamente lá. Aliás, Mario da loja de prata mora no meu coração!

A culinária de Malta foi a única coisa que me deixou mais a desejar. Por ser uma ilha, imaginei camarão, lagosta, peixes... Mas a realidade é que pouquíssimos restaurantes serviam frutos do mar. A maioria tem a combinação deliciosa e enjoativa de MASSA, RISOTO E PIZZA. Comi pratos deliciosos, não posso reclamar. Mas como boa brasileira, senti falta de uma carne ou pelo menos de uma variedade. Mas aqui meus experimentos:

Pastizzi
É um folhado cheio de gordura e amor, tradicional de Malta. O mais tradicional mesmo pelo que eu entendi é de ervilha. É uma pasta de ervilha cheeeeeio de tempero, muito gostoso e custa 30 centavos!


Salada de queijo de cabra e parma
Fui almoçar em Sliema no Haze Cafe no meu primeiro fim de semana e comi essa salada deliciosa! Estava muito calor então caiu como uma luva. O queijo é embrulhadinho no parma e esquentado. Na salada tinha alface, rúcula, tomate, azeitona, pimentão, cebola caramelizada, cenoura e algo tipo talo de erva doce.



Massa com camarão e salmão
O prato mais sem graça da vida. Molho insosso e não achei o camarão e nem o salmão. :( Esse prato foi em um restaurante em Valletta, mas não lembro o nome!


Os coitados dos coelhos
Essa foto não é bem um prato, mas é bem tradicional comer carne de coelho. Isso tem em muito restaurante! Não tive coragem de comer... Mas olha essas bundinhas!!! Que dózinha...


Só faltou foto de pizza, que eu sempre estava com muita fome pra tirar foto antes. Mas fui no Ir-Rokna, a pizzaria mais antiga de Malta e comi uma pizza de queijo, mel e nozes. DOS DEUSES!

E prato típico em casa: macarrão com queijo de saquinho, só jogar tudo na panela! Custa em tono de 2 euros e é super gostoso!


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